Chove no ponto de ônibus E nesse ponto tudo passa Passa o moço e o seu cigarro tão murraça Passa a moça que se engasga com a fumaça Passa o vidraceiro trazendo a vidraça Passa o cão vira-lata que em segredo sonha em ser um cão de caça ♪ Chove no ponto de ônibus E nesse ponto tudo é graça Passa o moço rindo cheio de pirraça Passa a moça que caiu na sua trapaça Passa o piá correndo para a praça Passa o rei da manguaça quem a vida só deixou ser zé cachaça Nesse ponto tudo passa Só não passa o meu ônibus Quem dera se meu acalanto Confortasse todo pranto que viesse a existir Tornasse meus braços em manto Que cobrisse canto a canto, cada pedaço de ti Chove no ponto de ônibus E nesse ponto nada é graça Passa a vida bem vestida em desgraça Passa o terno já roído pela traça Passa a dor do nosso amor ser só carcaça Passa o coração partido e o peito repartido em abre latas
Nesse ponto tudo passa Só não passa o meu ônibus Quem dera se meu acalanto Confortasse todo pranto que viesse a existir Tornasse meus braços em manto Que cobrisse canto a canto, cada pedaço de ti Quem dera se meu acalanto Confortasse todo pranto que viesse a existir Tornasse meus braços em manto Que cobrisse canto a canto, cada pedaço de ti