Desligo o interruptor só à luz do televisor Dois interlocutores lençois e cobertores Deitados num colchão, o teu tacto confirmação Que a precipitação também tem um lado bom Mas eu sou vagabundo e se o amor é assim O conforto do teu corpo vai dar cabo de mim Celebramos agora a toda a hora só porque sim Jantamos fora cá dentro e não é S. Valentim Fazemos jogos de palavras, até luta de almofadas Às escuras almas nuas temperaturas elevadas Sem ter posses abastadas todas as poses ousadas Sei que podes dar-mas olha as janelas embaciadas E é nelas que escrevo como um rapaz no banco de trás Com um dele escrevo que hoje não dá Nesta rua há indivíduos cativos de lua a lua E estão à espera que eu desça até num dia de chuva Dia de chuva, dia de chuva Eles estão à espera que eu desça até num dia de chuva Lá vem ela transparente quando cai do céu Vem toda sorridente em busca de um troféu Diz que domina o créu empina até ao céu Mas desatina com a menina que casa de véu Peço uma imperatriz num império futuro Sai uma meretriz para um tiro no escuro Antes andar só que mal acompanhado Por isso eu ando só, mal acompanhado Não tenho acompanhado tou acostumado Balde de água fria num gato escaldado A chuva cai e ninguém sai A chuva cai e ninguém sai a chuva cai Molha tolos que buscam o calor e conforto Amor e bom porto escrever certo no torto Mas chuva cai e ninguém sai A chuva cai e ninguém sai a chuva cai