João, um "joão-ninguém", Vivia sem alguém Somente a estudar Mas pra vida validar O mundo foi rodar E lhe apresentar um amor Flor, "tão-só" assim, Vivia a vida bem A resmungar Dor só foi sentir Quando ouviu a voz de João A lhe chamar ... de amor... O tempo há de passar pra conformar Os dois que só a dor vai lhes ensinar Que o botão só se torna flor Depois da fé testar E João apenas ia lhe encontrar Pro café da manhã, pra lhe falar Que o emprego melhorou: -Dá pra casar! Que o sonho já chegou pra lhes buscar E flor de flor em flor juntou um leque Pra presentear seu João moleque Mas antes se sentou pra ver o céu E nem deu pra ouvir o Seu sinal (ààà) E antes que sentisse a voz gritou -Alguém ta armado! E atirou ... E viu o sangue, o medo e a dor de alguém Sentiu que o sinal final de longe vém De novo disparou ... No mercantil ele comprou um caderno bom A vida ele salvou ... a bala resvalou A flor que el queria desabrochou O medo e a agonia ali parou Ele acreditou, ela acreditou Eu acreditei... vocês também!