Um pouco mais velho sim, mas não pensa que eu perdi o jeito Boladão nas barras pra lók nenhum botar defeito Safári e Pura Rua chega com dois pés no peito Pedra no sapato pra quem não gosta fazer bom proveito E por aqui é daquele jeito, sem esforço pra agradar Sou o que sempre fui, piorei de um tempo pra cá Sem paciência pra escutar esses sons de gozolândia Invisto na mensagem, não é a moda que vai me mudar Meu negocio é contestar e pode me chamar de chato Apartidário independente, eu piso no rabo dos ratos Da essência que eu resgato esse antigo formato Sensato, questionando a falta de rango nos prato Mas reclamar do quê? Quebrada agora tá de iPhone É o tal progresso, mais falso que peito de silicone Sem noticia agradável, é muito pouco provável Que o real responsável faça o seu papel de homem Não é falta de dinheiro, é falta de boa vontade A gente tem de sobra pra suprir nossas necessidades Falta moradia, sobra farpa em minhas poesias Sou a azia de um sistema que tenta esconder a verdade O grito dos excluídos às margens da sociedade Enquanto esfregam na sua cara tudo que não pode ter Competitividade junto com a necessidade Criou os monstros com fome e vontade de comer Sem nada a perder, letras miúdas no contrato Nos desprezou, agora nós que não queremos mais contato Vai demorar um pouco até que sejamos organizados Mas quando isso acontecer, um por um serão cobrados Nosso fardo é mais pesado, mas não deixa de ser nosso Nada comparado às vezes que erguemos dos destroços Pé rachado, amargando a vida sofrida Um leão por dia é pouco pra quem vive esse negócio Então espia, esse é o tipo de som que te arrepia Pros loucos que sempre escutou funciona como terapia Uns e outros vê os gringo e viaja nas utopias Só que frente à ideologia, vários papagaio mia Faz um me dar atenção pro resto além do seu umbigo Abaixa o volume do ego antes de me declarar inimigo Sem julgamento, testemunha, punição e nem castigo Porque só o tempo separa certo o joio do trigo Tudo que puder comprar até que não sobre mais nada Tudo que puder pagar até que reste só dinheiro, ostente O quanto puder, todo seu ouro e prata E veja o futuro dos seus netos escorrer pelos bueiros Desligamento da raiz fez ligamento com a guerra Descobrimos o fogo, a roda e a motosserra Desmatamos por uma convicção que sempre erra E esquecemos que por debaixo de todo concreto é terra Tínhamos tudo e inventamos manias de vender Números não mentem: CEP, CPF e RG Gráficos apontam que hoje em dia tá caro viver Criamos um problema que não conseguimos resolver E é bom a gente aprender, antes que seja tarde Conscientizar é o plano pra que cada um faça sua parte Questão de vida ou morte é muito mais que morra ou mate E conseguir fazer com que a mensagem vem antes da arte Manifeste pelo certo, revolte pelo seu direito Mundão é campo aberto, só que o justo é um caminho estreito Mas se não quiser, tá suave, sem essa de preconceito Porque a primeira coisa que eu aprendi com o Rap é ter respeito Então respeita, isso aqui é Rap Nacional Respeita os vagabundo com ideia de mil grau Respeita, som pesado que é tradicional Respeito é pra quem tem sem fazer ninguém de degrau Respeita, isso aqui é Rap Nacional Respeita os vagabundo com ideia de mil grau Respeita, som pesado que é tradicional Cês vira a cara pra ferida, eu jogo vinagre com sal (O respeito é pra quem tem)