Um velho sentado Em frente a uma palhoça De chapéu de palha, fumando um cachimbo Cheio de fumo de corda da grossa: onde é? É lá na roça, Sinhá! É lá na roça! É lá na roça, Sinhá! É lá na roça! Passa em frente do terreiro Um boi puxando a carroça O velho chama o carreiro Pita o cachimbo e se coça Diz a ele: - Companheiro Se essa terra fosse nossa!... Onde é? É lá na roça, Sinhá! É lá na roça! - Tendo angu e uma verdura A família toda almoça Um tostão de rapadura O café da gente adoça Mas sobrava mais fartura Se essa terra fosse nossa! Onde é? É lá na roça, Sinhá! É lá na roça! O carreiro então caçoa E leva a coisa na troça: - Os ricos são gente boa O pobre é que não se esforça Tu não tava aí à toa Se essa terra fosse nossa! Onde é? É lá na roça, Sinhá! É lá na roça!