Ele acorda, de manhã, pulando todo irritadinho Engole a mortadela amassada no pãozinho Discute com o fusquinha até chegar ao pepino E o fusquinha debochado continua a bater pino Quando monta a asa diz: Agora é minha vez Desce a rampa correndo e manda um beijo pra vocês Waltinho Eu sei que estais com Deus e não sozinho Mas se cuida para não morrer Meu compadre Waltinho Ele ganha a bonita e vai mais alto do que eu pensava Peida uma termal de mortadela amassada Enrosca nela e sobe igual a um disco voador Dá looping a três por quatro bem no meio do rotor Tem gente que acredita que ele voa até sem asa É em cima do cristo onde ele se sente em casa Ele discute com a asa e faz a aproximação Passa picado em cima de toda a multidão Cai de quilha numa velhinha logo após o stol Atropela um zé-sunguinha fresco do frecobol Desculpa minha gente, é que eu vim do corcovado Eu sou cobra de asa criada em São Conrado Obrigado Edvaldo Por ter me ensinado a voar E por ter aliviado aquela dívida Que eu ainda não pude pagar E pelo cinto de presente que me deixa contente a cantar Aí ele falou vai te lascar que aquele cinto é meu Compositor: Baia