Enfio a ficha no buraco, dou um soco só pra incomodar Fecho os olhos sinto o corpo Minha nave já vai decolar Nada levo nesse espaço, quem comanda é a minha mão Nessa tela é que eu traço meu futuro, minha vocação Não volto mais, não quero paz Nem mocinho nem bandido, sou um perseguido Fujo do inferno com a minha nave Vou atrás das luzes, crio tempestades Mato quem se atreve a entrar em contato O meu tempo se esgota, minha vida está nesse botão Minha nave segue a rota quando tudo vira escuridão No meu bolso não tem ficha Pego a pasta e visto o blusão E navego como um cego de volta pro balcão