Sempre que posso eu fujo do inveno Enterro a minha ancia de poder viver ao sol Quando me encontro perdido ao desencontro Descubro que parado eu sinto o cheiro do formol Eu aprendi a ignorar as minhas dúvidas O que não entendo eu decidi deixar pra trás Não é por menos que os meus cabelos brancos Tenham mais histórias pra contar Do que eu posso me lembrar se um dia eu vivi aqui E o que eu tento esquecer já não faz parte de mim! Sempre que posso eu fujo do inveno A friaca me apunhala como um corte de navalha E a necesária mochila que carrego Se apresenta bem mais leve sem tanta parafernalha São duas camisetas de bandas que eu gosto Uma bermuda e um chinelo e o violão nas costas Todo suor que escorre do meu corpo Acredito que são lágrimas Do que eu posso me lembrar se algum dia eu vivi aqui E o que eu tento esquecer já não faz parte de mim!