Na primeira vez que vi o Rio São Francisco Por não ver a outra margem pensei que era o mar Era um dia de sol, o céu estava lindo E o rio refletia o meu olhar Na beira vi crianças, vi mulheres, vi canoas Os sonhos beradeiros que não veem o tempo passar Aqui és o senhor da vida ribeirinha Das águas do perpétuo desejar Uma índia um dia chorou de amor E de uma lágrima o rio mar nasceu Todo o sertão se arvorou Um aluvião pela caatinga se estendeu Quando me vi pertinho de ti Foi bem aí que eu entendi sua realeza Eu rio, eu mar Espelho d'alma, panteão da natureza Eu rio, eu mar Espelho d'água do divino e da beleza Uma índia um dia chorou de amor E de uma lágrima o rio mar nasceu Todo o sertão se arvorou Um aluvião pela caatinga se estendeu Quando me vi pertinho de ti Foi bem aí que eu entendi sua realeza Eu rio, eu mar Espelho d'alma, panteão da natureza Eu rio, eu mar Espelho d'água do divino e da beleza