Vão acabar Vão acabar Vão acabar com a Praça Onze Não vai haver mais Escola de Samba, não vai Chora o tamborim Chora o morro inteiro Favela, Salgueiro Mangueira, Estação Primeira Guardai os vossos pandeiros, guardai Que a Escola de Samba não sai Guardai os vossos pandeiros, guardai Que a Escola de Samba não sai Adeus, minha Praça Onze, adeus Já sabemos que vais desaparecer Guarda contigo a nossa recordação Mas ficarás eternamente em nosso coração E algum dia nova praça nós teremos E o teu passado cantaremos E algum dia nova praça nós teremos E o teu passado cantaremos Vão acabar com a Praça Onze Não vai haver mais Escola de Samba, não vai Chora o tamborim Chora o morro inteiro Favela, Salgueiro Mangueira, Estação Primeira Guardai os vossos pandeiros, guardai Que a Escola de Samba não sai Guardai os vossos pandeiros, guardai Que a Escola de Samba não sai No dia em que o morro descer e não for carnaval Ninguém vai ficar pra assistir o desfile final Na entrada, rajada de fogos pra quem nunca viu Vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil É a guerra civil No dia em que o morro descer e não for carnaval Não vai nem dar tempo de ter o ensaio geral E cada uma ala da escola será uma quadrilha A evolução já vai ser de guerrilha E a alegoria, um tremendo arsenal O tema do enredo vai ser a cidade partida No dia em que o couro comer na avenida Se o morro descer e não for carnaval O povo virá de cortiço, alagado ou favela Cantando a miséria sobre a passarela Sem a fantasia que sai no jornal Vai ser uma única escola, uma só bateria Quem vai ser jurado? Ninguém gostaria Que desfile assim não se viu nada igual Não tem órgão oficial, nem governo, nem liga Nem autoridade que compre essa briga Ninguém sabe a força desse pessoal Melhor é o poder devolver pra esse povo a alegria Se não todo mundo vai sambar no dia Em que o morro descer e não for carnaval No dia em que o morro descer e não for carnaval Ninguém vai ficar pra assistir o desfile final Na entrada, rajada de fogos pra quem nunca viu Vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil É a guerra civil No dia em que o morro descer e não for carnaval Não vai nem dar tempo de ter o ensaio geral E cada uma ala da escola será uma quadrilha A evolução já vai ser de guerrilha E a alegoria, um tremendo arsenal O tema do enredo vai ser a cidade partida No dia em que o couro comer na avenida Se o morro descer e não for carnaval O povo virá de cortiço, alagado ou favela Cantando a miséria sobre a passarela Sem a fantasia que sai no jornal Vai ser uma única escola, uma só bateria Quem vai ser jurado? Ninguém gostaria Que desfile assim não se viu nada igual Não tem órgão oficial, nem governo, nem liga Nem autoridade que compre essa briga Ninguém sabe a força desse pessoal Melhor é o poder devolver pra esse povo a alegria Se não todo mundo vai sambar no dia Em que o morro descer e não for carnaval