Vem amargo, vem atrás de mim Olhando a cor que a rua tem Vem tarde, mas há de vir Como a sombra de ninguém Nem cabe nem sabe partir Tira-me o sono e a paz também Quem sabe como há de sair Do coração que eu não sei Vem amargo, vem atrás de mim Rói a corda que me sustém Que sabe como conseguir Tirar lhe a força que ele tem Se o medo se encaixa lá no fundo Conquistando um bom lugar para se inspirar Vai varrer o pó da esperança num segundo Sentando-se em tudo, fingindo descansar Vem amargo, vem atrás de mim Mantém na sombra o que me mantém Nem cabe nem sabe partir Mas no meu corpo não fica bem Se o medo se encaixa lá no fundo Conquistando um bom lugar para se inspirar Vai varrer o pó da esperança num segundo Sentando-se em tudo, fingindo descansar Mais tarde cá me há de servir Se é meu assombro, serei também Quem traça o caminho por vir Serei eu pronta e mais ninguem