Do nada apreço, crimes confesso
Assassino microfones com o poder dos meus versos
Trago-te a qualidade que não houve nos sucessos
Poetas aplaudem o meu estilo, damas trincam os mamilos
E os falsos perguntam, como é que ele faz aquilo?
Tarei sempre tranquilo e é só isso te irrita
Xeg no mic, só visto por contado, ninguém acredita
E eu não canto, eu encanto, titular nunca no banco
Com rimas mais fodidas que putas em Monsanto
Penetrações verbais, ouvir e chorar por mais, da frente sai
Deixa rimar quem lhe dá, é melhor apanhares o barco
Porque a nado não chegas lá
Cuspidor de rima, criador de obra-prima
Divulgador da arte divina, aprende e ensina
A aula só acaba quando a canção termina
Portugal é a cidade, Lisboa é a rua
A rima fala a verdade e cada um vive a sua
Fala da tua, segue o teu caminho
Xeg no mic, é só assim de fininho
Rap ataca na Tuga
Anti mc's ninja, estilo tartaruga
Se não curtes dá de fuga
Dá voz a essa tua rima muda
É só mais uma vez, no mic XEG
Quem não sabe é como quem não vê
Então abre os olhos e sente a minha voz
Representarei sempre, nem que acabe só
É só mais uma vez, no mic XEG
Quem não sabe é como quem não vê
Então abre os olhos e sente a minha voz
Representarei sempre, nem que acabe só
Apareço do nada como quem não quer a cena
Rimo na descontra sem nenhum problema
Entro na batida, encaixo na tarola
Xeg mais rápido que a Lurdes Metola
Velha nova escola, desfaz e enrola, bate forte como cola
Mais mortífero que a guerra em Angola
Pego no mic, já muitos deram de sola
500 metros de despique
Xeg fode neste beat, não preciso de convite, entro na bancada vip
Sem descanso, sem limite, abana-me essa celulite
Viste, não viste, abre os olhos
Rimas aos molhos, posição de destaque
Putos agarrados à minha rima como se fosse crack
Dou Xeg-mate, eu como o rei e como o bispo
666 XEG anticristo, porquê eu não assisto
Eu dito, recito, rimo, transmito
Se 'tás aflito vai à casa de banho
Com o skill que tenho ao terceiro verso te apanho
Eu gosto de rimar com a rima que detenho
Gosto de bafar, parti-los grandes e castanhos
Eu entupo, rasgo, arranho, faço explodir o engenho
E em cima do palco me mantenho
É só mais uma vez, no mic XEG
Quem não sabe é como quem não vê
Então abre os olhos e sente a minha voz
Representarei sempre, nem que acabe só
É só mais uma vez, no mic XEG
Quem não sabe é como quem não vê
Então abre os olhos e sente a minha voz
Representarei sempre, nem que acabe só
Pego no mic e abuso, palavras, versos, eu cruzo
Deixo o público confuso quando os meus skills uso
O microfone aperto, mostro o meu projeto
Ao quilómetro, ao metro, fico perto onde sempre estive
Porque quando eu improviso, eu não decoro o estilo livre
Alto calibre, dá-se o inicio ao plan'
Independente como o Sam, a terra treme
Sabes quando? Quando o Xeg tá no leme
Então ouve e respeita, se está torto, endireita
Rimas e batidas, é a receita
Entro na pista, XEG terrorista
Lançando bombas estilo rede bombista
Acredita que é verdade, ouve quem sabe
Quem representa a cidade, quem fala a realidade
Sem maldade, nem vaidade, rimando o que sinto
Pego nas palavras e com elas brinco
A minha universidade é diferente da tua
Rimo desde puto em casa, na escola ou na rua
Vejo um pontapé na Lua e um moinho de vento
Breakdance de novo, partindo o movimento
Não tenho instrumento, corto loops e invento
Quem tá fora do hip-hop (é errado esse procedimento)
Mas eu não comento e não dou respostas
À críticas destrutivas, eu viro as costas
É só mais uma vez, no mic XEG
Quem não sabe é como quem não vê
Então abre os olhos e sente a minha voz
Representarei sempre, nem que acabe só
É só mais uma vez, no mic XEG
Quem não sabe é como quem não vê
Então abre os olhos e sente a minha voz
Representarei sempre, nem que acabe só
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