Sou como um dia de Inverno, frio, gelado e parado no meio do vazio, E nada irá mudar. Sou como um vício nefasto, doença incurável, consistente E o corpo no olhar. Problema sem solução E sem chamar à atenção Não há nada a fazer, nem a dizer. ♪ Sou como a dor que percorre, o corpo foge sem nome A droga alimenta, aquilo faz delirar. Sou a morfina injetável À espera que o incorável chegue ao fim da viagem E está a chegar. Problema sem solução E sem chamar à atenção Não há nada a fazer, nem a dizer. E vou tentar não entender E vou errar ao perceber, que a vid' acabou. E vou esperar até para ver O que vai acontecer, e tudo mudou. ♪ Sou como um rio que corre com destino incerto, Sem saber quem sou e onde vou estar. Sou como a chuva que cai, vento e tempestade Noite fria, sem contemplar. Problema sem solução, E sem chamar à atenção Não há nada a fazer, nem a dizer. E vou tentar não entender E vou errar ao perceber, que a vid' acabou. E vou esperar até pra ver O que vai acontecer, e tudo mudou E voltar à questão, E sem nada a fazer À espera da solução, Que não vai aparecer. E vou tentar não entender E vou errar ao perceber, que a vid' acabou. E vou esperar até pra ver O que vai acontecer, e tudo mudou E voltar à questão, E sem nada a fazer À espera da solução, Que não vai aparecer. O frio da morte sente-se.