Nossa vaneira tem o gosto das cantigas Cheiro de mato exalando da cordeona Sina da gana desta pampa em que me aprumo Só vendo sumo das varandas temporonas Carrego o tombo, sarandeio das flamagens O aroma forte que vem dos caraguatás Nem as essências tem sabor que às vez se prova Das guabiroba, das pitangas e araças Nem as essências tem sabor que às vez se prova Das guabiroba, das pitangas e araças Nossa vaneira tem o cerne da querência E o sentimento abarbarado de um gaiteiro Tem um pulsar de um coração que não se rende Pois não entendem o viver de um prisioneiro Nossa vaneira tem o cerne da querência E o sentimento abarbarado de um gaiteiro Tem um pulsar de um coração que não se rende Pois não entendem o viver de um prisioneiro ♪ Tem a pureza das vertente lá dos monte Carrega a noite no embalo dos artistas A energia da cachoeira dos regatos Cheiro de mato nas cantigas nativistas Nossa vaneira tem cadência e um canto à risca Da juriti quando caminha pelas matas E fertiliza no calor de cada dia As alegrias do inhambu lá na cascata E fertiliza no calor de cada dia As alegrias do inhambu lá na cascata Nossa vaneira tem o cerne da querência E o sentimento abarbarado de um gaiteiro Tem um pulsar de um coração que não se rende Pois não entendem o viver de um prisioneiro Nossa vaneira tem o cerne da querência E o sentimento abarbarado de um gaiteiro Tem um pulsar de um coração que não se rende Pois não entendem o viver de um prisioneiro