Ao som de um farrancho, chego de à cavalo
Me apeio no embalo, xúcro do gaiteiro
Campeio meus troco, rodeio a guaiaca
E o cabo da faca, reluz no candiêro
Já entro pachola, vou pagando a ficha
Uma china me espicha, um olhar de soveú
Vou direito a copa, cutuco a algibeira
E tapeio a poeira, na aba do chapéu
Falquejo uma prosa, capricho no trote
Já armo meu bote, prá uma fandangueira
O gaiteiro bueno, de canha se enxarca
E eu feito um monarca, me vou pra vaneira
Quem é fandangueiro, sabe o valor que tem a vaneira
♪
Hé-hé
♪
Sou de pouca prosa, me agrada entrevero
E até bochincheiro, conhecem meu jeito
Tirando retosso, cordeôna, guitarra
E o gosto por farra, não tenho defeito
Prô meio do baile, arrasto a chilena
A noite é pequena bombeando as mulher
Se acaso puder a mais linda eu penero
E aparto a que eu quero pra arrastar o pé, hé
Falquejo uma prosa, capricho no trote
Já armo meu bote, prá uma fandangueira
O gaiteiro bueno, de canha se enxarca
E eu feito um monarca, me vou pra vaneira
♪
Um grito pra fadanga que aceita as propostas
♪
No assoalho vermelho, do chão colorado
Eu danço embalado, nos braço' da china
Esqueço da lida, pendênga e peleia
Quando ela arrodeia, me alisando as crina
Já na outra marca, aquece o assunto
Comigo vai junto, na prosa que encilho
É certo o namoro, no fim da noitada
É carga dobrada, no pingo tordilho
Falquejo uma prosa, capricho no trote
Já armo meu bote, prá uma fandangueira
O gaiteiro bueno, de canha se enxarca
E eu feito um monarca, me vou pra vaneira
♪
Assim que eu gosto, he
Segura-
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