Um fogo de chão pra aquecer a saudade Dos tempos de outrora que não voltam mais Um mate a capricho pra sorver solito E a seiva do amargo lembrança me traz Do canto do galo pra acordar bem cedo Ao redor do braseiro, um café de chaleira São velhos costumes da gente do campo Vou guardar comigo pela vida inteira Que saudade Aqui na cidade a vida é danada Vou-me embora Porque lá pra fora é minha morada Que saudade Aqui na cidade a vida é danada Vou-me embora Porque lá pra fora é minha morada ♪ Um mouro petiço que eu tinha lá fora Juntava na espora pra uma pacholeada De manhã cedinho saltava da cama Pra tirar o leite da mocha bragada No fim de semana que tinha surungo Eu ia pra o povo arrumar cambicho De volta pras casas na segunda-feira Já estava prontito pra qualquer serviço Que saudade Aqui na cidade a vida é danada Vou-me embora Porque lá pra fora é minha morada Que saudade Aqui na cidade a vida é danada Vou-me embora Porque lá pra fora é minha morada ♪ Ainda me lembro da simplicidade E do aconchego da velha morada Tão lindo recanto da mãe natureza Com tanta beleza, não falta mais nada Já não vejo a hora de poder voltar Pra o seio da terra que me viu crescer A velha morada rodeada de campo Foi lá que nasci, lá quero morrer Que saudade Aqui na cidade a vida é danada Vou-me embora Porque lá pra fora é minha morada Que saudade Aqui na cidade a vida é danada Vou-me embora Porque lá pra fora é minha morada