Os fletes campeiros pastando ao luar Refugo meu catre pra sorver nuances Que a noite pintou na barra do dia Quando nasce o pampa a inspirar romances O sol vem ao tranco no lombo de um ruano E a noite lobuna se faz madrugada Os mates e prosas se fazem silêncio Enquanto se encilha, pra outra jornada Tinido de espora, rangido de bastos E bater de cascos se fazem poesia Cavalos e homens se tornam centauros Na pátria gaúcha ao raiar outro dia Tinido de espora, rangido de bastos E bater de cascos se fazem poesia Cavalos e homens se tornam centauros Na pátria gaúcha ao raiar outro dia ♪ Um zaino escarceia atirando o freio Se faz aragana uma potra bragada Que ao sentir as coscas do laço nos tentos Bufou contra o vento pedindo bolada Ritual que faz parte da vida de campo Porém só conhece quem cedo levanta E sai campo afora com o sol na garupa E traz a querência nos versos que canta Tinido de espora, rangido de bastos E bater de cascos se fazem poesia Cavalos e homens se tornam centauros Na pátria gaúcha ao raiar outro dia Tinido de espora, rangido de bastos E bater de cascos se fazem poesia Cavalos e homens se tornam centauros Na pátria gaúcha ao raiar outro dia Tinido de espora, rangido de bastos E bater de cascos se fazem poesia Cavalos e homens se tornam centauros Na pátria gaúcha ao raiar outro dia