Eu dei, eu dei... eu dei, eu dei Eu dei um nô no rami do berimbau Eu dei, eu dei... eu dei, eu dei Eu dei um nô no rami do berimbau Que eu sou do tempo que dobrão era dinheiro E com uma pedra se tocava berimbau E a alegria do negro acorrentado Era só a capoeira depois do canavial Mudaram mesmo até o nome dos santos Pra esconder a verdade do senhor Corpo fechado era chamado feitiço Diziam para com isso, que ai lá vem o feitor Ainda me lembro quando alguém tava doente Não tinha médico, só um velho rezador Ia pro mato, trazia raiz-de-pau O doente levantava sem precisar de doutor Já não se faz mais como antigamente Houve a quebra das correntes, Mas de pouco adiantou Pois foi Zumbi, no Quilombo dos Palmarés Grande a sua valentia, que o seu povo libertou