Acende uma chama É o som de um samba Que chega nas ondas da noite pra mim Dizendo que a história nos ensina E um amor assim ninguém domina Se há um tempo de amargura Pode haver a desventura De um samba sem calor Mas nada se conserva eternamente Depois a gente se vê amor Quem pode viver sem amor Até pensei que o meu samba se perdeu Mas o samba se transforma como a vida Assim com esta chama de amor Que não morreuVinhos finos... cristais (Paulinho da Viola Capinam) Vinhos finos cristais Talvez uma valsa Adoecendo entre os dentes da noite Vidro, espelho, imagem O corpo adormecendo entre os dentes da vida Imagem partida Sangue E o amor doente entre os dentes da saudade Da morte, da engrenagem As mãos doentes entre os dentes Entre os dentes de um cão O corpo fino, cristais O quarto limpo, metais Entre os dentes da paixão Chão, caixão, escada Apenas um jogo de palavras Entre tudo e nada Entre os dentes podres da canção