Ah, meu amor não vá-se embora Vê a vida como chora, vê que triste esta canção Não, eu te peço, não te ausentes Pois a dor que agora sentes só se esquece no perdão Ah, minha amada, me perdoa Pois embora ainda te doa a tristeza que causei Eu te suplico, não destruas tantas coisas que são tuas Por um mal que já paguei Ah, meu amado, se soubesses A tristeza que há nas preces que a chorar te faço eu Se tu soubesses num momento Todo o arrependimento, como tudo entristeceu Se tu soubesses como é triste Eu saber que tu partiste sem sequer dizer adeus Ah, meu amor, tu voltarias E de novo cairias a chorar nos braços meus Ah, meu amor, tu voltarias E de novo cairias a chorar nos braços meus De repente, do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto De repente, da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente Fez-se do amigo próximo um pouco distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente (Ah, meu amor, tu voltarias) E de novo cairias a chorar nos braços meus Ah, meu amor, tu voltarias E de novo cairias a chorar nos braços meus