Essa gaitinha que se espicha e que se encolhe Em cada verga do fole guarda terra do meu chão É alma viva do anguera retoçando Num chão batido bailando com a gaitinha de botão ♪ Minha gaitinha lustrada com querosena É o espeio' das morenas nos bailongos do meu chão Se retorcendo como cobra mal matada Numa chamarra aporreada de fazer afrouxar os botão No roça umbigo que até cocho se emparelha Gaita e violão de cravelha não vai mais crioulo par De goela aberta como nanica assustada Arrebanhando a pintaiada' que um gavião vive a rondar De goela aberta como nanica assustada Arrebanhando a pintaiada' que um gavião vive a rondar ♪ Finco-lhe os dedos como se fossem esporas Mas como gaita não chora, parece até gargalhar Eu sem recursos e ela sobrando talento Faz notas do próprio vento, querendo me encabular Fole encarnado como olho mal dormido De algum peão amanhecido que atrasou pro labutar Mel de irapuã adoçando minhas penas Que brotam das cantilenas deste meu xucro cantar Mel de irapuã adoçando minhas penas Que brotam das cantilenas deste meu xucro cantar ♪ Minha gaitinha parceira de galponeadas Encurtando as madrugadas de uma ronda sem luar Até me lembra a magangava' impertinente Que nos cochilos da gente não sossega de florear Essa gaitinha que se espicha e que se encolhe Em cada verga do fole guarda terra do meu chão É alma viva do anguera retoçando No chão batido bailando com a gaitinha de botão É alma viva do anguera retoçando No chão batido bailando com a gaitinha de botão ♪ Minha gaitinha parceira de galponeadas Encurtando as madrugadas de uma ronda sem luar Até me lembra a magangava' impertinente Que nos cochilos da gente não sossega de florear Essa gaitinha que se espicha e que se encolhe Em cada verga do fole guarda terra do meu chão É alma viva do anguera retoçando No chão batido bailando com a gaitinha de botão É alma viva do anguera retoçando No chão batido bailando com a gaitinha de botão É alma viva do anguera retoçando No chão batido bailando com a gaitinha de botão