Apeio, peço licença E por milonga abro o peito Pra que conheçam, cantando Porque me chamo respeito ♪ Vivo na trança do laço Pela consciência do couro E entre argola e presilha Sou o limite pra um tombo Quando no viço da cincha Firma do corpo, cavalo Ou junto a boca da armada Que vem sorrindo pra um pealo Vem abraçado no pulso Nos mandos da mão campeira Quando reparto meu mundo Entre o fiel e a soiteira Mais firme se algum matreiro Por suas razões se retrata O brando quando motivo Com vida batendo a marca Habito no olhar do antigo De quando estende sua mão Pra um novo com carinho Num beijo pede bênção Um manuscrito de vida Que o próprio tempo nos lavra Antes de um fio de bigode Sacramentar a palavra Antes de um fio de bigode Sacramentar a palavra ♪ Durmo no instinto da faca Por onde o medo se aninha Se me despertam com gana Do couro cru da bainha E antes de uma aço de adaga Já redobrei meu valor Quando nas mãos da coragem Fiz casa de um sangrador E junto ao céu do palanque Frente a inocência de um potro Que teme os passos e a sombra De quem golpeou tantos outros Pela verdade no ofício De um campo revela inteiro Pois nunca valo de lei Sou eu bem junto ao campeiro Habito no olhar do antigo De quando estende sua mão Pra um novo com carinho Num beijo pede bênção Um manuscrito de vida Que o próprio tempo nos lavra Antes de um fio de bigode Sacramentar a palavra Antes de um fio de bigode Sacramentar a palavra Me despeço por milonga E alço a perna ao meu jeito Que a todos mostrei, cantando Porque me chamo respeito