Alpargata esfiapada, bombachita de riscado Um sombrero bem tapeado Da antiga estampa fronteira, vai floreando a botoneira Nas bailantas do interior É gaiteiro e cantador, nas festas de domingueira É gaiteiro e cantador, nas festas de domingueira Quem será esse gaiteiro que alegria contamina? Pelo brilho da retina e um sorriso verdadeiro Honrando o chão fronteiro, parava pra tomar um gole E, de novo, abria o fole, e acenando pra o porpeiro Qual será o sentimento que ele inspira e que ele entona? Tem imponência redomona, da gaita faz seu sustento Alma de campo por dentro alegrando almas sofridas Esquece um pouco da vida só pra escutar tua acordeona ♪ Quem sabe o dom foi herdado de algum pierro ancestral Gaiteiro tradicional Do velho pago fronteiro ou quem sabe algum tropeiro Rondando a tropa estendida Lhe ensinou pra toda vida o ofício de ser gaiteiro Lhe ensinou pra toda vida o ofício de ser gaiteiro Assim todos vão bailando ao compasso da verdulera Com gana te amamecer alpargata do rasquido Buscando algum sentido na vida cotidiana Desta minha gente pampiana que o tempo havia esquecido Qual será o sentimento que ele inspira e que ele entona? Tem imponência redomona, da gaita faz seu sustento Alma de campo por dentro alegrando almas sofridas Esquece um pouco da vida só pra escutar tua acordeona Esquece um pouco da vida só pra escutar tua acordeona