A natureza emoldurou na pedra, O formato da angústia. - Amei a pedra! A nuvem branca que passeia à toa Tênue, impalpável, lá no céu distante É como o sonho fugaz que a gente sonha às vezes E que se dissipa ao vento. - Amei, também, a nuvem! A lua cheia, solitária e triste Dependurada no infinito azul É como a saudade, nas horas de abandono Refletida no passado. - Amei a lua cheia!... - Amei, também, a luz do sol! Pois, o amor é fogo, que derrete a pedra Que incendeia a natureza inteira E que nos dá, dia a dia, A eloqüente sensação da vida.