Tropa encordoada... ponta, culatra e fiador,
Sombreiro grande, poncho emalado nos tentos,
Pala de seda pra esses dias mormacentos
De pouco vento e "abatumados" de calor.
Gado, potrada e algum capão pra consumo
Andam no rumo que o destino me apontou,
Que o Patrão velho me proteja e me conserve
E o resto eu leve, como meu pai já levou!
Alma estirada, quais as tropas vida a fora,
Gastando esporas, cruzando de um lado a outro,
Cumprindo sempre o que foi dito e ajustado,
Bocal sovado de costear queixo de potro.
Eu sou tropeiro e domador com muito orgulho,
Sendo barulho, sou silêncio ao mesmo tempo
Foi nas estradas que forjei meus dois ofícios,
Meus compromissos, valor e temperamento.
Ser um tropeiro é algo mais que profissão
É uma missão, legado e conhecimento,
Ser domador é devoção e sentimento
Atado ao tento que arrocina o redomão.
Fiz das lonjuras, minha morada, "paradouro",
Pra matadouro, pra outros pagos, levo tropa
E enquanto isso... sigo fazendo cavalos
Pois educá-los é a obrigação que me toca.
Me deem licença que outra tropa me precisa
A mesma brisa, o mesmo sol, mas outro rumo,
Que estendo a lida, tenteando a sorte aporreada,
Gado, potrada e algum capão pra consumo...!
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