Escarva com a mão o baio No pelado do palanque Pala e arreio ao semblante Cogote duro de graxa A pampa guapa se acha No centro das minhas retinas Um rancho de cola e crina Pra um morador de bombacha Um rancho de cola e crina Pra um morador de bombacha Me disse o negro Merêncio Que hay peña lá na lagoa Por isso o lenço que voa Flameando seda em azul Judiado dos Paysandú O corpo encontra descanso Na canha doce ao balanço Que lhe emprestam os guabijus Na canha doce ao balanço Que lhe emprestam os guabijus ♪ O sul impõe o sentido Cruzando os campos da estância No vento surge a fragrância Da primavera que aflora Canta a roseta da espora Num tablado de coxilha É a alma pampa em vigília Que me segue mundo a fora É a alma pampa em vigília Que me segue mundo a fora No cacho um nó bem atado De amadrinhar companheiro Não se luzindo aos matreiros Penduro abaixo das talas Um verso trago no pala E duas flores bordadas Que se me topa a bailada Já economizo na fala Que se me topa a bailada Já economizo na fala ♪ De bolicheiro o Amarante Forma um tapete de tampas Na copa que se levanta Quinchada de lona preta Em peña não hay livreta Pra peão que chega da volta E o bicharedo se solta Quando apeiam das carretas E o bicharedo se solta Quando apeiam das carretas Guitarra e gaita sonando Atorando a noite pampa A tourada bate guampa Se acomodando na copa Quem chora menos se bota Num baile em riba do anone Uma mulher pra dez home É mais ou menos a cota Uma mulher pra dez home É mais ou menos a cota