Pousa só a rubra imagem Junto ao moerão da porteira Motivo que indagam os olhos Na humilde face campeira Quem sabe o instinto do aço Na mão que conhece a dor E guiou o olhar da faca No rumo de um sangrador Quem sabe o negro de um poncho Abertas asas do avesso No instante de alguma vida Retornando ao seu começo Rubro silêncio na imagem Que ronda o céu de outra vida Por compreender nas chegadas Um novo olhar das partidas Asas de um poncho ao avesso Sangrando um voo de quem foi Num peito, carnal que pulsa A alma em sangue de um boi Num peito, carnal que pulsa A alma em sangue de um boi ♪ Quem sabe um sol coloriando Num missal pra um fim de dia Pra noite compor seus rumos De lua, estrela e poesia Pra noite compor seus rumos De lua, estrela e poesia Quem sabe o sangue semente Verdade em sal, de algum pranto Que reescreve um destino No livro aberto do campo Refaz seu voo, rubra imagem Deixando o moerão da porteira Motivo que nubla os olhos Na humilde face campeira Rubro silêncio na imagem Que ronda o céu de outra vida Por compreender nas chegadas Um novo olhar das partidas Asas de um poncho ao avesso Sangrando um voo de quem foi Num peito, carnal que pulsa A alma em sangue de um boi Num peito, carnal que pulsa A alma em sangue de um boi