Com a palha e em cima os gravetos O fogo amanheceu armado E, num upa, com os tocos secos O galpão ficou iluminado. Nesta manhã querendona Os galos chamaram os peões Pra conversar com a cambona Bem recostada aos tições. Depressa formou-se a roda Dos tomadores de mate E os pitos de fumo-em-corda Com a cuia o tempo reparte. Do sangrador já se escuta O moqueio das chamas tontas, Frigindo os nervos da nuca E as duas ripas das pontas. Com a erva usada e a água morna E o assado que não tem mais... Os cavalos, todos na forma, Dão a orelha pra os seus buçais. Um peão destorce as rodilhas De um laço que não tem dono, E um outro desapresilha O cabresto do cinamomo. O capataz pegou o grito: "-Minha gente, bamo s'imbora!" Ficando ali um peão solito Maneando os tentos da espora. Se foram... esporas cantando O canto das suas rosetas E a cuscada ía pulando No freio de um sotreta. Ficou só, pulseando as vacas O peão caseiro da estância E o sereno molhando as patas Da alvorada que vem mansa. Na porteira da invernada Se esparrama toda a escolta. Mate amargo, carne assada, Café bem doce na volta! "Êêêra vaca!... ibahahá!..." - Grita forte a peonada - "Pega-pega humaitá!..." - Que o sol já vem na canhada - O gado vai levantando Com esta radiosa manhã E, aos poucos, vai se fechando O rodeio da Tarumã.