O sol se põe de'a pouquito Detrás da porteira velha Do mataburro quebrado. E o campeiro, num tostado, Tranco e tranco, retornando... Vai contente e vai charlando Com seu perrito tigrado. Vez em quando, garra um trote... Chacoalha o laço nos tentos E os bastos ringem - pois não! - Cruza por cerro e lagoão, Costa de mato e banhado... Onde a garça segue o gado, Que nem lhe põe atenção. Co'estes fundos recorridos, - Pondo o olho em vaca fraca, Bombeando o arame e contando... - Fecha um cigarro, voltando. Bom fumo Ramo de Ouro, Que vale mais que um tesouro Pra'o que se aquece pitando! Capinchos mansos no passo, Lebre arisca que dispara, Sorro ladino gritando... Em seu rumo, serpenteando, As vezes some em descidas, E quando sobe, em seguida, Vai contra o céu repechando. Já vai seco por um mate... E no galpão, pela hora, (E pelo frio!) não se engana: Queima um restito de trama Que repartia um potreiro. Última ajuda aos campeiros Da divisa veterana. Como pode este caminho - Este caminho de sempre - Estar sempre mais bonito? Pedras rodeando um cerrito... Velho açude feito a boi... Tudo que o pago já foi Ficou aqui... infinito!