A força dos barbicachos - Ilhapa em queixo dos cueras - Retumbando a primavera Pataleio e tiradores; Bolcados e orelhadores... No mangueirão, corre as vara! Salta um co'as mão na cara Pedindo rienda senhores! E risca os casco rachado Na alma verde da estância, Desconhecendo a elegância Que tem o nobre senhor. Capincho no tirador, Melena atada com vincha... A terra viva relincha Na estampa do domador. "Allá" na Lata o Jacinto Imita o vento minuano Não sabe se é castelhano Brasileiro - pouco importa Grita a pinguancha na porta Num mouro arrotando grama: -Se tem café tu me chama, Que é dois tirão e dou volta! A força do pulso antigo - Palanque em braço dos cuera - Se confirma a primavera Cabrestos e maneadores; Buçal torcido e rumores No campo santo da doma. É quando a alma se assoma Pedindo campo senhores! Coragem bruta me sobra E se ela qué eu espero. Na senha do quero-quero "Pido permiso señor". Capincho no tirador, Melena atada co' a vincha... A terra viva relincha Na alma do domador. Na taipa Ogeda é um cacique De bombachão e sombrero; Dois ajudante ovelheiro E a tubianada macaca. Cada tigre anca de vaca E é um mandamento pampeano, Que égua de pêlo tobiano Se não dá ruim, dá veiaca. Por certo o Maneco Rosa Deve estar de espora atada. No Batovi tem potrada Cogotuda e sem costeio. Nas Palma o mesmo floreio, Mário Sérgio espora braba Mistura sangue co' a baba E ri no altar dum arreio.