Te sinto, baguala, pelo que se apotra Te vejo, milonga, na minha encordada Não sinto e não vejo e pouco me agrada Quando uma das duas se aparta da outra Baguala, te vejo, de um jeito pampiano Milonga, te sinto por bordão e prima Se não for assim me perco da rima Pois nada me adianta se eu não for vaqueano Milonga e baguala, viguela e garganta Na mesma escramuça, parece outra farra E pela que baila, extraviando as garras Não creio que alguma pareça ser santa Porém, acredito que seja baguala Pela polvadeira que ergue do chão Quando por milonga se escapa das mãos Do que na encordada por bueno te embala ♪ E sendo milonga te canta o mais potro Em campos de doma por ser payador Onde se abaguala o mais esporiador Que lindo floreia o pala pra os outros Se não for baguala, duvido que tenha Um outro requinte que seja do agrado De quem por costume já traz milongueado O que deixa eco num grito de venha Baguala e milonga, sonido e cadência Que em cada repique se adona do espaço Onde se rebusca do apego machaço O que nos garante que temos querência Anseio de pátria que o tempo embuçala Onde se entropilham estampa e guitarra Quando vêm pra forma farejando as garras Da mesma pelagem, milonga e baguala Quando vêm pra forma, farejando as garras Da mesma pelagem, milonga e baguala