Onde o campo vai, eu vou Pelo verde da coxilha, Qual um ponteiro da aurora Na testa duma tropilha. Deste campo, o largo é meu, Sombreado pelo relevo Lá donde verte o varzedo C'oa flor campeira do trevo. Do basto meu avistar, O boi por baixo do pêlo. A estronca do quartel mestre, O sal reunindo o sinuelo. Pra garganta cantadera Nem teclado de cordeona, O campo de primavera Pra uma manada gaviona. Do claro clarim dos galos Uma toadita que avança Pela roseta da espora Que a bagualada se amansa. Também me vejo Rio Grande De sangue bem colorado Pra levantar a bandeira Gloriosa do meu estado. A vida é uma reculuta E o gaúcho campo em flor Para um rodeio de estrelas E a sina do rumbeador.