Esgarçamento total, produto-humano-corpo esgotado E cada passo um cada falso Cada avanço um passo em falso Cada grito um som no vácuo Ecos vozes, sem respaldo, bocas, lastro do descaso Banco, juros sobre juros Força ressentida a venda vem nos capturar Desarticula a luta justa e impede a pouca visão Obstruindo o que há de novo, o que há de potencial Multidão da diferença contra toda opressão Mas se expondo com veemência na rede social Não dá mais não, se articular não dá mais não Não dá mais não, se articular não dá mais não A solidão virtual, o hype do mapa astral Dão voz a terra plana, a não ciência, a velha razão Enquanto o tempo se vai os átomos que decaem Somente pedra sobre numa linda explosão Enquanto o tempo se vai os átomos que decaem Somente pedra sobre pedra numa inquisição Enquanto o tempo se vai os átomos que decaem Somente pedra sobre pedra e outro medo em questão E na esteira do sujeito só mais uma cisão Conduzido engarrafado, produzido ao final Enviado sobre o selo da representação Os polegares violentos do juízo final, crack-up Cara, são muitas gaiolas Muitos pequenos teatros em que cada ator está sozinho Perfeitamente individualizado e constantemente visível ♪ A visibilidade é uma armadilha É o quê? A visibilidade é uma armadilha E por isso seguimos aprisionados E a cada dia em que te acordam para viver E oferecem o poder só para encaixar melhor A punição que sempre chega em você E é tudo aquilo que transforma em só mais um E a pressão que cabe em você Comparado ao que está ao teu redor Sobre a vigia dessas telas Que sustentam a versão do que é bom Entender pra melhorar Se informar pra construir Derrubar todas as torres Que foram feitas pra aprisionar E é pra fazer libertar Pensar em modos melhores Disso aqui funcionar Não deixem te arquitetar