Chegando no finalzinho desse trabalho aqui A gente resolveu meio que de improviso fazer uns modão de viola Que é a nossa maior bandeira Cês num repara os erro, não Vamo tentar, né, caboclo ♪ Vou contar a minha vida do tempo que eu era moço De uma viagem que eu fiz lá pro sertão de Mato Grosso Fui buscar uma boiada, isto foi no mês de agosto ♪ Meu patrão foi embarcado na linha sorocabana Capataz da comitiva era o Juca Flor da Fama Fui tratado pra trazer uma boiada cuiabana ♪ No baio foi João Negrão, no tordilho, Severino Zé Garcia no alazão, no pampa foi Catarino A madrinha e o cargueiro quem puxava era um menino ♪ Eu saí de Lambari na minha besta ruana Só depois de 30 dias que cheguei em Aquidauana Lá fiquei enamorado de uma marvada baiana ♪ Ao chegar em Campo Grande, num cassino eu fui entrando Uma linda paraguaia na mesa estava jogando Bati a mão na algibeira, dinheiro estava sobrando ♪ Ela mandou me dizer pra que eu fosse chegando Eu mandei dizer pra ela: vá bebendo e eu vou pagando Eu joguei nove partidas, meu dinheiro foi andando ♪ A lua foi se escondendo, vinha rompendo a manhã Aquela morena faceira, trigueira, cor de romã Soluçando, me dizia: Muchacho, llevame contigo que te daré toda mi alma Todo mi amor, todo mi cariño y toda mi vida E os boiadeiro no rancho estavam pronto pra partida Numa roseira cheirosa, os passarinhos cantavam A minha besta ruana parece que adivinhava Que eu sozinho não partia, meu amor me acompanhava ♪ Eu saí de Campo Grande com a boiada cuiabana Meu amor veio na anca da minha besta ruana Hoje tenho quem me alegra na minha velha choupana ♪ E viva os violeiro