É Brasas do Forró, a máquina quente do sucesso
Assum Preto canta
Zé de Airton deixa o Didi mais o Toinho puxar
Que eu vou entrar já já, viu?
Conte uma coisinha, isso é vaquejada, né?
Tá boa, licença
Eu sou um filho sem sorte que só nasci pra sofrer
Vivo triste e abandonado, sofrendo sem merecer
Pra mim não existe festa, uma vida feito essa
É muito melhor morrer
♪
Quando eu tinha quatro anos, minha mãe adoeceu
Papai fez todos esforços, comprou remédio e lhe deu
Pra minha infelicidade, eu fiquei na orfandade
Não teve jeito e morreu
Aí dói, viu?
E como dói, viu, Assum Preto?
Só ficou eu e papai na maior lamentação
Pra me ajudar a sofrer, não ficou nenhum irmão
Fiquei sem prazer na vida, perdi minha mãe querida
Em mim não deram a benção
Ô, sofrimento da peste
É
Portanto, quem não tem mãe só nasce para sofrer
Passa a noite sem dormir, passa o dia sem comer
Sua caminha é um chão, o seu consolo é um pão
Quando acha quem lhe dê
Ei, Brasas do Forró
A máquina quente do sucesso
Os outros meninos passam por perto de mim mangando
Porque tem roupinhas novas, as minhas velhas se rasgando
Aumenta meu sofrer, mas se eu tivesse meus pais
Não vivia assim, penando
Puxa o fole, Didi!
Eu ainda eu vou, viu? (Vai)
Se eu tivesse mamãe, não sofria tanto assim
Eu só tenho quatro anos, meu Deus, que será de mim?
Aumenta minha tristeza, parece que a natureza
Está separada de mim
Ainda tem mais uma coisinha?
Tem!
Só pra limpar o olho (é)
De dia eu fico contente, à noite, eu sinto agonia
À noitinha, eu vou deitar na terra molhada e fria
Quando eu vou adornando, sonho mamãe me botando
Numa caminha macia
E o olho avermelha lacrimejando direto, Zé de Airton
Com certeza, vai mais uma (vou)
Eu acordo e não vejo ela, aí começo a chorar
Mas ela não me responde, volto pra o mesmo lugar
De manhã procuro ela, depois acendo uma vela
Aí começo a rezar
E a irmã Maria em casa rezando por nóis na estrada
Com certeza, é
Eu rezo para mamãe, pra o meu papai amado
Porque sou pequenininho nesse mundo separado
Agora vou terminar, peço pra não desprezarem
Os filhinhos abandonados
Já que tu terminou, passa o sorin'
Vou passar
Agora eu vou terminar, peço pra não desprezarem
Os filhinhos abandonados
Eita, Brasas do Forró
Homenagem ao saudoso Caravela, tá do lado de vó
Puxa o fole, Didi!
Deixa ir ali com o Toninho que ele tá ali, ó
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