Toc, toc, toc Uma mulher de bengala Passa depressa do meu lado Ela tem a cintura dura E joga a cabeça dum modo intrigante Um modo, um modo talvez atraente Toc, toc, toc A tatoo que ela tem na nuca É um golfinho O farol abre e ela cruza Bela Cintra Entram no metrô e somem Ela e o amigo Toc, toc, toc E alguém me pegou pelo braço Na esquina da Augusta Assusto Ergo a cara pra ver Um cara me diz assim: atravessa ela pra mim Toc, toc, toc De braço dado com uma mulher de bengala Baixinha, cheirosa, tailleur, salto agulha Até a Consolação Penso em todos os buracos da calçada E por um instante sou todo ouvidos