João Se mexeu de empolgação Debruçou no violão Começou a dedilhar Juntou toda a sua inspiração Aprendeu sambas e canções E começou a cantar La iá la iá la iá La la iá Deitou Se cobriu de esperanças E sonhou entrar na dança E ver o seu nome brilhar João queria viver do samba e da viola Mas nem mesmo na escola não deram ouvido ao João E tudo que o coitado arranjou Foi cantar samba por amor E morreu na ilusão, meu senhor Ai, meu senhor Ai, meu senhor Dai o céu a esse homem Que em busca da fama passou fome Morreu na ilusão de ser cantor Ai, meu senhor Ai, meu senhor Dai o céu a esse homem Que em busca da fama passou fome Morreu na ilusão de ser cantor Pura emoção, negão, arrepia História de João, compositor artesão Mestre das obras Arquiteto das letras Manobrista da caneta Quer mais? Fotossíntese da poesia no planeta João, Zé ninguém pra plateia Um construtor de ideias pouco ouvidas Pouco deram atenção Gente sem coração Se o mundo parasse um segundo E se descesse do pódio do ódio e ouvisse João Melhoraria porque ouviria a multidão João, Grito contido da simplicidade Psicografia da ancestralidade Deitou Se cobriu de esperanças E sonhou entrar na dança E ver o seu nome brilhar João queria viver do samba e da viola Mas nem mesmo na escola não deram ouvido ao João E tudo que o coitado arranjou Foi cantar samba por amor E morreu na ilusão, meu senhor Ai, meu senhor Ai, meu senhor Dai o céu a esse homem Que em busca da fama passou fome Morreu na ilusão de ser cantor