Relíquia do folclore nacional Jóia rara que apresento Nesta paisagem em que me vejo No centro da paixão e do tormento Sem nenhuma ilusão Neste cenário de tristeza Relembro momentos de real bravura Dos que lutaram com ardor Em nome do amor à natureza Cinzentas nuvens de fumaça Umedecendo meus olhos De aflição e de cansaço Imensos blocos de concreto Ocupando todos os espaços Daquela que já foi a mais bela cidade Que o mundo inteiro consagrou Com suas praias tão lindas Tão cheias de graça, de sonho e de amor Flutua no ar o desprezo Desconsiderando a razão Que o homem não sabe se vai encontrar Um jeito de dar um jeito na situação Uma semente atirada Num solo fértil não deve morrer É sempre uma nova esperança Que a gente alimenta de sobreviver Composição: Paulinho da Viola