A vontade recaída no silêncio E as vozes que me chegam lá de dentro Da constelação Dos malucos de plantão Nos tecidos coloridos nas vitrines Sua alma escancarada vem de brinde Nos caminhos tortos Enfrentando as procissões Abra a caixa de Pandora com os dedos A menina me sussurra um segredo Na Paulista mais paulista as minorias se descobrem Vivo demais sonhos de amor Eu reencontro meu pai Pra escutar Ismael Silva Num 78 rotações Nas batidas sequenciadas nos controles E nas festas delirantes da galera O bandini está esperando a primavera Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Dentro da cabeça rola um esquema E você disse que ia me ajudar Calma, eu vou te explicar E nas sombras os delírios são bonitos Enlouqueço e não faço mais pedidos Você vem dizer que a sombra é pecado Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Nas igrejas e nos templos quase tudo pode Pode entrar armado Faça sua prece Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Nos decretos, nas esquinas, nas charadas Nos discursos, nas florestas, nas farmácias Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Nesse cinto que me aperta e me engole Fique esperto e veja as massas que escorre Pra morrer em nome de Deus Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Pra morrer em nome de Deus Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Pra morrer em nome de Deus Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Pra morrer em nome de Deus Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Pra morrer em nome de Deus Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Pra morrer em nome de Deus Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Pra morrer em nome de Deus Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Pra morrer em nome de Deus Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Pra morrer em nome de Deus Nos pratos das prateleiras o veneno escorre Pra morrer em nome de Deus