Sobre ser, o tempo entende Sobe argamassa e camada, desce peso e porrada Dá o que a gente não vende Sobre sonhar, o tempo entende De pula pula que se anula, a tic tac de bula É um musgo que nasce e se prende Sobre aceitar, o tempo também entende Nos serve a razão encantada, nos mostra o miolo e a beirada Nos faz de pavio e ascende Oh líquido tempo... Ainda decantas no poço mais fundo Longe da lógica parca dos que vivem nesse mundo