Se hoje falo de amor É talvez para dizer-lhes Sem força, nem manha Que fiz muitas canções Escondendo verdades Sob um jogo de palavras Talvez não tenha razão Mas preciso dizê-lo agora Falarei das leis Que convertem nosso corpo Em tão grosseira mentira Que é preciso saber O quanto as leis confundiram Males - valia e família Não sei se tenho razão Quem sabe você, quem sabe eu E falarei daqueles Para quem o corpo é cárcere De paixões condenadas Que num clandestino leito Quando por fim vem a noite Escondidos se amam Não sei se tenho razão, quem sabe você, quem sabe eu O amor é o prazer Gratuito e sincero De um enternecido jogo Um poema de peles Onde o sexo é o acento Da mais sensível linguagem Não se se tenho razão, quem sabe você, quem sabe eu Se hoje falo de amor É talvez para dizer-lhes Sem força, nem manha Que farei minhas canções Escondendo verdades Sob um jogo de palavras E é somente por ele Que é preciso fazê-lo agora