E todos os meu nervos estão a rogar E todos os meus órgãos estão a clamar E uma aflição medonha me faz implorar O que não tem vergonha, nem nunca terá O que não tem governo, nem nunca terá O que não tem juízo O que será que lhe dá O que será meu nego, será que lhe dá Que não lhe dá sossego, será que lhe dá Será que o meu chamego quer me judiar Será que isso são horas dele vadiar Será que passa fora o resto da dia Será que foi-se embora em má companhia Será que essa criança quer me agoniar Será que não se cansa de desafiar O que não tem descanso, nem nunca terá O que não tem cansaço, nem nunca terá O que não tem limite O que será que será Que dá dentro da gente, que não devia Que desacata a gente, que é revelia Que é feito uma aguardente que não sacia Que é feito estar doente de um folia Que nem dez mandamentos vão conciliar Nem todos os unguentos vão aliviar Nem todos os quebrantos, toda alquimia E nem todos os santos, será que será O que não tem governo, nem nunca terá O que não tem vergona, nem nunca terá O que não tem juízo O que não tem governo, nem nunca terá O que não tem vergona, nem nunca terá O que não tem juízo