Cabeça que eu tenha sempre Para sempre lembrar (matutar) Memória que eu nunca perca Para nunca esquecer Que tudo começou a muito tempo E há tenta coisa ainda pra fazer (claro) E sem saber daquilo que é passado O presente fica sempre mais difícil de se entender E de repente toda a gang grita E me convida pr'uma festa (modesta) E cai numa gandaia vaia berra Desatina desembesta Eu brinco vendo um copo de aguardente Esquecido lá no canto (pro santo) De alguém que algum dia nos sorria Após aquela batalha e no entanto é hoje apenas uma das lembranças é o brilho que realça as minhas danças Ferida que aquele que viveu a nossa etapa Vai levar por toda via Sempre é o vinho que alimenta A necessária alegria E em mim a alegria é coisa muito mais que realizada E quem sou eu pra dar conselhos E cotar o pique da moçada (que nada) E fico rindo com a boca bem cheia De seus dentes (matutar/maturar) Memória que eu nunca perca Para nunca esquecer (viver) Que apenas sou uma pessoa E que devo sempre estar presente Cantando repetindo renovando E que o meu coração doido sente.