Quem hoje ouve o que eu canto Sabe um tanto do que eu sou Pois é que a vida se me envolve, Me devolve num verso assim Que é feito coisa que não se fala Mas não cala dentro de mim Porque eu bem sei, o meu canto é som É como eu sôo mais do que sou Quem ouvirá Quando eu me fizer cantar Enquanto minha voz puder soar Será, meu bem e a minha condição Meu viés, ter meus pés, noutro chão Onde eu piso e minh'alma toca E provoca meu verso enfim É que essa sede é o que me salva Das ressalvas que o mundo faz E é coisa certa é o melhor remédio Contra o tédio que o tempo traz Se a solidão é o pior castigo Eu me vingo cantando assim Ao meu fim, ao amor, aos céus e a sorte de viver Será pra quê? (será pra quê) se eu não cantar Pra quê será? Se eu quiser (se eu quiser) esquecer (esquecer) Do que me faz (do que me faz) e me refaz E me revela e me acerta em cheio Quando o feio é belo em mim Sou eu quem pinto o meu espelho E clareio o que é ruim ♪ Quem ouvirá quando eu me fizer cantar Enquanto minha voz puder soar Será, meu bem, e a minha condição Meu viés, ter meus pés, noutro chão Onde eu piso e minh'alma toca E provoca meu verso, enfim É que essa sede é o que me salva Das ressalvas que o mundo faz E é coisa certa é o melhor remédio Contra o tédio que o tempo traz Se a solidão é o pior castigo Eu me vingo cantando assim Ao meu fim, ao amor, aos céus e a sorte de viver Será pra quê? Se eu não cantar Pra quê será? Se eu quiser esquecer Do que me faz e me refaz E me revela e me acerta em cheio Quando o feio é belo em mim Sou eu quem pinto o meu espelho E clareio o que é ruim Porque quem ouve o que eu canto Sabe um tanto do que eu sou Mas há de ver que o meu canto é som É como eu sôo mais do que sou