Moça bonita do lenço Da cabeça aos pés no chão Mãe à cozinhar pro filho Cadeia, arroz e feijão O sol alegra lavadeira Que berra na derradeira Beirada do ribeirão. Velha que espera o marido Dorme na frente do mar Quem nunca perdeu seu filho Não sabe desesperar Meretriz que amamenta a cria Chora feliz, é menina! Vai ter o que lhe ensinar. Ô ô ô ô ô licença que o meu boi chegou Ô Clariô, ô Clariô Ô ô ô ô, licença que meu boi chegou Ô clarioô, ô clariô. Cantada da diarista Lavando o próprio quintal Chega no final do dia Estende a roupa no varal Dora em hora ora pelo esposo Sóbrio é maravilhoso Bêbado um animal Quem nunca amou desconhece O coração desfalecer Quem nunca viu, não descreve A beleza da flor nascer Quem nunca sofreu da fome Não sabe o que faz um homem Pra ver seu filho comer Ô ô ô ô ô licença que o meu boi chegou Ô Clariô, ô Clariô