O tempo vai embalando O meu movimento de giro no ar Canto e louvo com mantos e barros Que vibram na luz deste altar A cor da terra que pinta minha pele E que me convida a dançar No tempo em que eu perdi O peito em constantes distorções do mundo Abro espaço Passo por passo Passo por mim Me atravesso do avesso do verbo que somos Água que bebe o som do silêncio E em minha alma anseia A profecia que vinha cantando Do tempo em que eu me esquecia E quanta gente me abraça nas sombras Do vale que um dia habitei O espírito move montanhas nos ventres Regados de sonho e de sol ♪ E do canto faço meu norte Aldeias antigas, sou tudo que sou E ocupo o meu próprio espaço Que nesta dança carrega o meu ser E o dia amanhece alvo Dentro da terra negra que sou E brincando vou refinando O meu caminhar na pureza do amor E do canto faço meu norte Aldeias antigas, sou tudo que sou E ocupo o meu próprio espaço Que nesta dança carrega o meu ser E o dia amanhece alvo Dentro da terra negra que sou E brincando vou refinando O meu caminhar na pureza do amor