Lagoa de tinquijada, pasto das cabra ligêra Siguino os rebãe donde vai no pôço da Catinguêra Bem longe da casa dos pai da Santa burrêga marrã Passava vigiano os rebãe de seu sinhô todas manhã E tomém as tarde intêra Se alevantava cuns aruvai Curria pru chiquêro e abria a portêra Se ajuelhava, pidia bença ao pai Panhava o café o açúcar e a chiculatêra Botava água na cumbuca e o balaizim de custura Dispindurava na cintura e rumpia facêra Boiano, boian, chiquê, chiquê, minhas cabrinha lambancêra E as vêis ela se alembrava Das moda qui seu pai cantava E outras que aprendeu nas fêra ♪ E quan a seca chegava as cabra ia prus fêcho Que ficava reservado e a mucama assim deixava De piligriná nos êxo e vagar pelo cerrado Seu pai lhe ricumendava: Vai nos pano, tira uns lãin Pega maiado e martelo, junta os trem cum tua mãe Ela no casco, eu in pêlo num carece tomá bãe, basta ajeitá os cabelo Junta a traia sinhazinha, ferramenta, côcho e prancha Albarda os casco in martelo, se o sinhô for pirmitido Inda hoje nois arrancha no pôso do sete istrêlo Foi lá que numa dismancha Que ela cunheceu um tropêro Moço e muito viajado na zistrada do sertão Que alí chegô cansado nua vespa de São João Dispois de ter arranchado e agasaiado a tropa Foi no ôi d'água tomou um bãe e logo trocou de rôpa Calçou um par de butim novo e muito riluzente Botou no bolso um jasmim, um lenço branco e um pente E preparado assim Tava que mitia mêdo, fermoso feito um gaiêro Xotano in noite de lua pelos alto dos lajêdo Infestano as mão sua tinha cinco anel nos dedo Já a foguêra tava acesa, todo mundo no terrêro Festejava São João, foi quan entrou o tropêro Feito um prinspe feiticêro, foi aquele quilarão O danado foi riscano no terrêro feito um rai Da Santa junto dos pai, prêle foi se paxonano Pois o turuna pachola que tinha pauta cum cão Mais pior que uma pistola, que tinguin, febre ispanhola Chegou cua viola na mão Uns conta que eles casô Outros, que se imbrechô Outros, que se ajuntô Já outros, que num casô, não