Escute, benzinho, você não pode nos deixar
Este triângulo de amor não pode acabar
Não vamos nos separar
Somos versos da poesia
Você e eu, orgia
Separar, mas pra quê se separar?
Você e eu, orgia, escuta
Escute, benzinho, você não pode me deixar
Este triângulo de amor não pode acabar
Não vamos nos separar
Somos versos da poesia
Você e eu, orgia
Separar, mas pra quê se separar?
Você e eu, orgia
Acredito nos versos
Por isso lhe peço mais compreensão
Me conheceste no samba
Terreiro de bamba, pandeiro na mão
Quando estou vadiando
Neguinho reclama sua companhia
Você e eu, orgia
Se eu morrer na orgia
Tô certa, neguinho, que vou lá pro céu
Vou orgiar lá em cima com Silas
Com Ciro Monteiro, com Zinco e Noel
Quero morrer nos seus braços
Porque você é minha estrela da guia
Você e eu, orgia
Orgia é aquela folia
Aquela esticada pela madrugada
É um papo bom, discussão, violão
No fim de semana, aquela feijoada
Cachaça não é água benta
Igual a que o padre batiza na pia
Você e eu, orgia
Quem leva a mulher pro samba
É o cara que paga pra ver e confia
Você e eu, orgia
Você e eu, orgia
♪
Nas cadeiras
Samba, meninada!
Na minha casa todo mundo é bamba
Todo mundo bebe, todo mundo samba
Somos a realidade
E somos a fantasia
Você e eu, orgia
Somos a santa-trindade
E somos a trilogia
Você e eu, orgia
Somos um papo furado
E somos filosofia
Você e eu, orgia
Separar, mas pra quê separar?
Você e eu, orgia
Que será, mas o que de nós será?
Você e eu, orgia
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