Quem é você que não sabe o que diz? Meu Deus do Céu, que palpite infeliz! Salve Estácio, Salgueiro e Mangueira Oswaldo Cruz e Matriz Que sempre souberam muito bem Que a Vila não quer abafar ninguém Só quer mostrar que faz samba também Fazer poema lá na Vila é um brinquedo Ao som do samba dança até o arvoredo Eu já chamei você pra ver Você não viu porque não quis Quem é você que não sabe o que diz? A Vila é uma cidade independente Que tira samba mas não quer tirar patente Pra que ligar a quem não sabe Aonde tem o seu nariz? Quem é você que não sabe o que diz? (Guenta aí, Cláudio Jorge, chegou a velha guarda musical!) Quem nasce lá na Vila Nem sequer vacila Ao abraçar o samba Que faz dançar os galhos do arvoredo E faz a lua Nascer mais cedo Lá Vila Isabel Quem é bacharel Não tem medo de bamba São Paulo dá café Minas dá leite E a Vila Isabel dá samba A vila tem um feitiço sem farofa Sem vela e sem vintém Que nos faz bem Tendo nome de princesa Transformou o samba Em um feitiço decente Que prende a gente O Sol da Vila é triste Samba não assiste Porque a gente implora Sol, pelo amor de Deus Não vem agora Que as morenas Vão logo embora Eu sei tudo o que faço Sei por onde passo Paixão não me aniquila Mas, tenho que dizer Modéstia a parte Meus senhores Eu sou da Vila! Alô Noel Eu vou cantando o meu samba Fazendo na vida meu melhor papel Ser feliz, eu sonho Ter uma vida tranqüila E morar numa vila Em Vila Isabel Pode ser em qualquer rua Ou na Praça Barão de Drumond E até mesmo um barraco Naquele macaco do meu coração Na Teodoro da Silva Lá nas Torres Homem ou na Souza Franco Mas a Vinte e Oito é que é o biscoito Pra ir pra Maraca caminhando a pé Desfilar de azul e branco E beber na Visconde de Abaeté Desfilar de azul e branco E beber na Visconde de Abaeté (Alô Noel) Alô Noel Eu vou cantando o meu samba Fazendo na vida meu melhor papel Ser feliz eu sonho Ter uma vida tranqüila E morar numa vila Em Vila Isabel Mas, tenho que dizer Modéstia a parte Meus senhores Eu sou da Vila!