Minha casa é o mundo Não tem porta e nem janela É uma casa sem conforto Mesmo assim eu gosto dela A parede é a serra Onde está dependurado Um quadro da natureza Que por Deus foi desenhado Meu tapete é a grama Tenho o céu como telhado De dia, tem sol que brilha À noite, céu estrelado Bem distante do asfalto Vou vivendo sossegado ♪ O perigo não me assusta Para trás não dou um passo Duas fera, mato à bala Uma só, eu vou no braço Pra ter paz, tem que ter guerra Precisando guerra, eu faço Para o medo e a covardia Eu não vou deixar espaço Viva, meu Brasil amado Eu estou de sentinela Sendo filho dessa terra Morro lutando por ela ♪ O conforto da cidade É coisa que não me importa Minha luz é Deus quem manda Quero ver quem é que corta Eu sou igual um rochedo Onde a bala bate e volta O punhal que tem dois cortes Batendo no peito, entorta Eu nunca fui empregado Eu mesmo sou meu patrão Vivo alegre cantando Nas veredas do sertão Sou filho da liberdade Que matou a escravidão ♪ O perigo não me assusta Para trás não dou um passo Duas fera, mato à bala Uma só, eu vou no braço Pra ter paz, tem que ter guerra Precisando guerra, eu faço Para o medo e a covardia Eu não vou deixar espaço Viva, meu Brasil amado Eu estou de sentinela Sendo filho dessa terra Morro lutando por ela